MUCB

A união que traz justiça e salva vidas

Texto: Deborah Vissossi Alves Cardozo e Liliane Alcântara de Abreu

Em dezembro de 2019, Nina Marqueti decidiu denunciar um abuso que sofreu há quase dez anos do médico pediatra Allessio Fiore Sandri Junior quando adolescente em Umuarama no interior do Paraná e para sua surpresa descobriu que não estava sozinha existiam outras três denúncias registradas contra o pediatra no Brasil.


O médico pediatra Allessio Fiore Sandri Júnior era respeitado e atendia crianças e adolescentes desde os anos 90. Ninguém poderia imaginar que ele poderia ter cometido atrocidades como colocar a mão em partes íntimas de suas pacientes e por outras vezes tentava beija-las à força, em outra situação ele teria tentado abusar de sua estagiária de em seu consultório, com todo esse cenário de horror ele virou réu sob acusação de estupro de vulnerável.


Após essa experiência traumática a atriz e ativista reuniu forças, e em conjunto com grupos e coletivos feministas, como Mulheres Unidas Contra o Bolsonaro, Mulheres da Resistencia no Exterior e Plataforma Geni, criaram o projeto #ondedoi. O objetivo desse projeto é promover a conscientização da sociedade a respeito da violência contra as mulheres praticada por profissionais de saúde e mapear esses casos e oferecer uma rede de apoio, emocional e jurídico às vítimas, para que casos como esse não se repitam.


A boa notícia é que no dia 4 de maio de 2020, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná notificou que o médico Allessio Fiore Sandri Junior está impedido de exercer a Medicina. Essa medida serve de exemplo para que outros profissionais da saúde não cometam esse tipo de crime, e inibe que outras menores passem por essa situação. https://www.crmpr.org.br/uploadAddress/Alessio-Fiore-Sandri-Junior-(CRM-PR-14[4416].606)


O incentivo e trabalho de conscientização social sobre os vários tipos de violência, mas, sobretudo, com relação a quebra das ações de barbárie de abuso sexual e do silenciamento das vítimas, precisam continuar sendo enfatizados. Ademais, isso gera pressão popular para que os responsáveis por esses crimes percam essa fachada de ilibados.


Os traumas gerados nessa população conduz a outros prejuízos não somente em âmbito pessoal, mas é um problema social que precisa ser combatido com propriedade.


Faz-se de gigantesca importância o reconhecimento dos agressores e afastando-os do acesso direto aos seus alvos. Assim, essa crise moral, social e de saúde mental (e física) pode-se sustentar nas bases de direitos humanos, e dentro do sustentáculo da Lei e Justiça.


Vítimas são de certa forma reparadas pela certeza da impunidade não prosseguir em continuidade, e gerações futuras crescerão sabendo que denúncias serão ouvidas e levadas muito à sério.
A sociedade agradece.

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