MUCB

Relatora da ONU responsabiliza Bolsonaro por morte de líder indígena

Corpo de Emyra Waiãpi foi exumado na manhã desta última sexta-feira no AP: índios waiãpi e autoridades à espera esclarecimentos

REPRODUÇÃO
REPRODUÇÃO

‘’O presidente Jair Bolsonaro é responsável direto pela invasão à tribo indígena waiãpi no Amapá e pelo posterior assassinato de seu líder”  disse a relatora das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, Victoria Tauli-Corpuz. “Quando Bolsonaro estimula a exploração econômica das terras indígenas em seu discurso, na prática outorga um passe livre aos interesses econômicos e políticos que querem explorá-las”, ainda afirmou  a relatora em entrevista por telefone à Agência Efe.

O cacique Emyra Waiãpi, de 62 anos, foi assassinado no último dia 23 de julho durante uma invasão de garimpeiros armados na aldeia indígena Waiãpi, na região de Pedra Branca do Amapari, no Amapá. Segundo informações do O GLOBO, a polícia esteve no local no domingo e disse não encontrar indícios de invasores na região. Porém, índios das aldeias Waiãpi e Marirí afirmam que há sim garimpeiros na região e que o líder indígena teria sido morto com múltiplas perfurações de faca.

A resposta do presidente ao caso

Na segunda-feira 29, Jair Bolsonaro disse que ‘não tem nenhum indício forte’ relacionado ao assassinato de um indígena no Amapá. O presidente também alegou que “usam o índio como massa de manobra” e que ONGs estariam interessadas nas riquezas da Amazônia.

O corpo de Emyra Waiãpi foi exumado nesta sexta-feira e no fim da tarde peritos já teriam concluído a necrópsia. Autoridades ainda não divulgaram as circunstâncias da morte do cacique.

Texto por Victoria K Fujita

Adicionar cometário

Instagram

Instagram has returned empty data. Please authorize your Instagram account in the plugin settings .